sábado, 3 de outubro de 2009

Quem foi William Windsor

     Em todos os grupos é possível encontrar heróis e no meio infantilista não seria diferente. Conhecido como “O Homem Bebe” William Windsor, a cerca de cinco anos atrás largou sua vida adulta e se transformou em uma bebezinha 24/7/365 (vinte quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta de cinco dias por ano). Porém, como a grande maioria dos heróis, o tempo sempre acaba mostrando que eles eram tão humanos quanto qualquer um exibindo, muitas vezes, ainda mais defeitos e problemas pessoais do que qualquer um de seus seguidores.
     Heidilynn, como era conhecido, seu alterego de "dois anos de idade" Nasceu em 1951 em uma cidade conhecida como Evanston, Illinois e era o mais velho de um irmão e duas irmãs. Desde novo percebeu que tinha uma paixão obsessiva pelas fraldas e como a grande maioria dos infantilistas gastava todo dinheiro de mesada e lanches escolares com elas. Windsor nunca mais deixou de usar fraldas mas sempre sentiu um vazio dentro de si por ser diferente do que realmente ele era por dentro.
    Em sua fase adulta, enveredou pelo caminho artístico atuando em importantes peças da Broadway período esse em que conheceu sua mulher. Apesar de ter conquistado alguma fama como ator seu desejo principal era se tornar cantor Country ,mas, em entrevista para os organizadores do blog da cidade de Phoenix, ele afirmava que tinha problemas pois sempre temia que a fama fizesse as pessoas descobrirem sua adoração pelas fraldas. Mesmo assim, conseguiu se destacar como cantor, mais uma vez, alcançando o sucesso.
      Na década de 80 teve seu primeiro e único filho hoje com cerca de vinte e quatro anos, mas apesar de ter fama, um casamento de mais de vinte anos e até um filho ele sentia que sua vida não era completa e que a situação estava chegando ao limite. Aos vinte e quatro anos de casado o “baby man” largou mulher e filha para morar sozinho. Passou momentos difíceis já tendo vivido como mendigo e até se drogado mas se recuperou e passou a viver na cidade de Phoenix nos Estados Unidos. Desde então, cada vez mais, deixava sua vida adulta de lado para viver a vida de uma menininha de dois anos. Até que em 2003, com a morte de seu pai, ele eliminou de vez sua vida adulta jogando fora todas suas roupas e dando início a uma vida de bebezinha fool time. Apesar disso “Heidilinn”, como passou a ser chamado, nunca deixou o cigarro e a bebida mas jamais usou roupas de adulto novamente sendo possível ser visto passeando em seu bairro, na época, com vestido rosa, fraldas com bordados e detalhes femininos, óculos de sol feminino infantil e uma cestinha onde carregava suas compras.
     Foi nesta época que veio sua fama como “Baby Man” podendo ser visto no youtube, aparições em jornais e top shows americanos. Ele montou um site infantilista que pode ser visitado até hoje (http://heidilynnsworld.com). Infelizmente, no início deste ano, um dos infantilistas mais populares do mundo morreu dormindo em seu berço próximo do dia 30/01/2009. As informações sobre sua morte ainda não foram confirmadas, William tinha problemas de refluxo, era hipertensivo e seus hábitos não o tornavam uma pessoa mais saudável (não encontrei informações concretas) mas ele morreu de causas naturais.
    Sua vida, por assim dizer levou ao extremo o significado de viver uma fantasia. Ser imparcial neste momento é um pouco difícil pois, também como leitor, sou levado a perguntar a mim mesmo se, tendo condições financeiras, eu como infantilista também iria tão longe e deixaria minha vida adulta de lado. Dizem que os extremos são perigosos então respondendo a essa pergunta, diria que jamais vou eliminar o infantilismo de minha vida, é quem sou, é quem realmente gosto de ser. Mas alcançar o outro extremo eliminando minha persona adulta também é igualmente perigoso. Eliminar a nós mesmos de uma vida social comum é simplesmente um verdadeiro caso patológico onde a pessoa perde a capacidade de dosar e usar do bom senso para definir até onde podemos ir sem causar danos a nós mesmos.
Senhor William Windsor, que vá em paz e olhe por aqueles que não vivem sem suas fraldas.


Pessoal por favor deixem seus comentários, o que vocês acham da vida de Heidilinn, vocês assumiriam uma vida completamente infantil mesmo próximo de pessoas que não tem nada haver com seus desejos e fantasias?

Um abraço e no próximo artigo trarei a tradução de uma renomada psicóloga que tenta responder a seguinte pergunta "Como nos tornamos infantilistas".

Videos de William Windsor no Youtube:

 - http://www.youtube.com/watch?v=x_5Wduvq9pc&feature=PlayList&p=A598B31ADA8B805B&index=0&playnext=1 (1/3);

- http://www.youtube.com/watch?v=Pz4TnNA_jdI&feature=PlayList&p=A598B31ADA8B805B&playnext=1&playnext_from=PL&index=1 (2/3);

- http://www.youtube.com/watch?v=ecSzZfXRH44&feature=PlayList&p=A598B31ADA8B805B&playnext=1&playnext_from=PL&index=2 (3/3).


Ps: Atendendo a pedidos presentearei os leitores com imagens sempre que um artigo atingir mais de dez comentários.

11 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. interessante...
    puxa na minha opinião ele não parecia ser uma pessoa muito feliz, largou a família e abandonou completamente a vida adulta..
    eu acho que não seria extremo que nem ele fez não, eu julgo mais certo ficar no equilíbrio, até mesmo porque, como dizem, tudo em excesso faz mal, bem essa é a minha opinião, não largaria 100% não.

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  3. poxa naum sabia deste fato...muito bom...

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  4. Jamais!!!
    Quero curtir tudo o que a vida tem para oferecer, mesclando os 2, vida adulta e bebe.

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  5. É tão esquisito, nunca havia ouvido escutar deste homem. Fiquei com pena dele, acho que ele podia ter se tornado o que era sem ter largado a família dele.
    Acho que podemos o considerar como um verdadeiro heroi no mundo infantilista^^

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  6. axo q ele apenas viveu como quis assim como cazuza foi um grande revolucionario na causa homossexual assim ele tentou ser na causa infantilista realmente um heroi mas acho q se a mulher dele o amava nao teria o abandonado axo eu ne nao sei

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  7. Renato:- eu nao teria coragem, mesmo que tivesse a condiçao financeira. Pra mim ja ta dificil tentar ser no minimo; pois ainda existe muito preconceito e eu acabo presando pela minha integridade fisica e social.

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  8. Achei importante criar este artigo não para encorajar outros amiguinhos a serem como ele mas para mostrar a coragem que ele teve em ser feliz do jeito que lhe cabia. Quantos de nós nem mesmo possui forças para aceitar o próprio infantilismo como parte de nossas vidas? Pensem nisso.

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  9. eu fiquei sem palavras
    ele realmente merece ser chamado
    de o "herói" dos infantilistas
    muito bom artigo

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